Em suas mentes, enquanto fogem, carregam memórias atormentadas com sentimentos ambíguos de vida e morte. Em seus corações, a busca desesperada por socorro. 

Penso nelas atravessando campos de trigo, se protegendo a qualquer custo do frio e da fome, tendo deixado seus homens para trás, agora soldados no front de guerra em defesa heróica da pátria. O que as aguarda além das fronteiras? Como serão suas metas e a nova realidade a ser vivida a partir desta ruptura? 

Amanhã será outro dia, pós-guerra talvez, junto a uma família reconstruída em território incerto. Outras terras com novos pincéis e cores. Seus filhos, ainda reféns de lembranças dolorosas, poderão, quem sabe, exprimir seus sentimentos e vivências em arte de novas vanguardas, talvez como aqueles que criaram o Dadaísmo, com mentes submersas na representação da destruição em que conseguiram desenvolver novos conceitos. 

E tudo se apresenta assim, fluindo diante da imaginação. Buscando uma obra que provoque reflexões. 
 

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