Uma mulher aguerrida a servir seu povo e a monarquia Britânica. Vi uma Rainha com luvas de plástico, simbolizando o trabalho pelo seu reino. Quando ainda princesa, na Segunda Guerra, serviu no exército, consertando carros de guerra. Neste viés, também mostrava-se ousada em cavalgar, como seus Reis antecedentes.
Sua figura apaziguadora, logo após coroada, serviu para estabelecer seu reino perante os países da colônia britânica, deu voz à manutenção das liberdades constitucionais para mostrar uma Inglaterra sem monarquia absoluta, deu voz para mostrar uma Inglaterra que lutou contra o Nazismo.
Nesta tela, há também ressentimentos ocultos, de uma mulher longe da vida familiar, que se recolheu no casamento, nunca expôs suas amarguras, se recolheu na maternidade, sem freios para cumprir sua representatividade, longe de seus filhos. Tudo permitido positivamente, para consolidar a monarquia a qualquer preço.
Sua imagem reservada foi registrada em todos episódios globais, durante 70 anos de monarquia, porém não a deixou imune às críticas e antipatias, quando da morte da princesa Diana, 1977. A cabo de render-se perante seu povo e ao mundo, prestando homenagem pública a sua nora.
Digo de coração: de minha parte, acredito que há lições a serem aprendidas com a vida e com a reação extraordinária e comovente à sua morte. Compartilho sua determinação em preservar sua memória. Assim, pintei uma Rainha Longeva, de sorriso sóbrio, em prol de seu jardim, rodeada de pássaros.